DESIGUALDADES

Aprendizado compartilhado por Larissa Amorim, Coordenadora de Comunicação da Casa Fluminense.

REDUZIR

COMUNICAR

PARA

APRESENTAÇÃO

Larissa Amorim cresceu no bairro da Penha, no Rio de Janeiro, é jornalista graduada pela UERJ, e começou sua carreira no Terceiro Setor como estagiária na Casa Fluminense em 2015, onde encontrou um espaço para dar sentido à sua profissão. Hoje ela coordena a área de comunicação da Casa, organização que tem como foco principal reduzir desigualdades.

COMUNICAÇÃO

NO

TERCEIRO

SETOR

O Terceiro Setor participa da construção política da sociedade. Por isso, a comunicação nesse contexto precisa ir além do briefing e do lead: ela precisa ser ainda mais interdisciplinar, compreender o contexto que vivemos, a participação social e afins, afirma Larissa.

Larissa explicou que a base da comunicação na Casa Fluminense é storytelling e avaliação de impacto: “O desafio é conectar a missão com o impacto final, promovendo uma comunicação humanizada, educação política e conexão entre as pessoas.”

No atual contexto pandêmico, as OSCs são essenciais para comunicar à sociedade o que é urgente e indicar o que precisa ser feito, criando uma ponte entre diferentes territórios e grupos.

“A distância entre a população, as OSCs e o governo está tão grande que só quem está no território hoje consegue saber as necessidades e elaborar soluções.”

E para que você conheça mais sobre a Casa Fluminense, seu papel social no Rio de Janeiro, e a forma como suas ações são articuladas e comunicadas, a Larissa compartilhou um pouco da sua experiência conosco. <3

COMUNICAÇÃO

NO

TERCEIRO

SETOR

O Terceiro Setor participa da construção política da sociedade. Por isso, a comunicação nesse contexto precisa ir além do briefing e do lead: ela precisa ser ainda mais interdisciplinar, compreender o contexto que vivemos, a participação social e afins, afirma Larissa.

Larissa explicou que a base da comunicação na Casa Fluminense é storytelling e avaliação de impacto: “O desafio é conectar a missão com o impacto final, promovendo uma comunicação humanizada, educação política e conexão entre as pessoas.”

No atual contexto pandêmico, as OSCs são essenciais para comunicar à sociedade o que é urgente e indicar o que precisa ser feito, criando uma ponte entre diferentes territórios e grupos.

“A distância entre a população, as OSCs e o governo está tão grande que só quem está no território hoje consegue saber as necessidades e elaborar soluções.”

E para que você conheça mais sobre a Casa Fluminense, seu papel social no Rio de Janeiro, e a forma como suas ações são articuladas e comunicadas, a Larissa compartilhou um pouco da sua experiência conosco. <3

AS

DE

FRENTES

ATUAÇÃO

DA

CASA

FLUMINENSE

1. DADOS

A Casa entende que narrativa baseada em evidências consolidadas, de fácil compreensão e de visualização acessível, contribuem para o debate. 

Por esse motivo, faz o levantamento de dados públicos disponíveis ou dados cidadãos (independentes ou de outras OSCs) e produzem, a partir deles, diagnósticos mais próximo da realidade, criando argumentos e embasando notícias.

Larissa pontua que infográficos têm sido boas formas de apresentar os dados e o diagnóstico da realidade, nesse momento de pandemia. 

Um exemplo é o Mapa da desigualdade, projeto da Casa Flu, que revela a lógica que estrutura as desigualdades no RJ. A partir dos dados coletados, são criadas as narrativas que  conectam e sustentam as informações apuradas.

2. LIDERANÇAS SOCIAIS

As lideranças sociais de cada território são o público e também os agentes da Casa Flu. São essas figuras os agentes políticos do agora e do futuro. São eles que difundem e potencializam as causas localmente e monitoram as pautas nas regiões.

São as vivências dessas lideranças que embasam as histórias contadas pela Casa, como por exemplo: o que é falta de saneamento básico? O que é falta de transporte público? como isso impacta e reforça desigualdades? Quais são os caminhos para combater isso?

3. INCIDÊNCIA

Para incidir em assuntos de interesse público, unindo dados e lideranças sociais, a Casa Flu trabalha também junto a agentes do poder público e imprensa, que têm influência e poder de tomada de decisão.

A organização se define como um hub: um conjunto de atores plurais. Larissa conta que “a Casa faz tudo sempre em rede”. Por isso, buscam por jornalistas com perfil para dialogar e incidir no debate público, devido à sua influência. 

Ao encontrarem aliados na imprensa, as campanhas são planejadas também de acordo com o perfil dessas pessoas, para que tenha mais chances de ganhar espaço nos diversos meio de comunicação e, assim, ganhar capilaridade e destaque.

CAMPANHAS

DE

DESTAQUE

Junto a diversas organizações, como Meu Rio, Idec e MobCidades, a Casa Fluminense realizou uma campanha, com diversas ações e duração de 3 meses, para fomentar o debate sobre a transparência no sistema de transportes, a licitação do Bilhete Único, a melhoria na qualidade dos serviços e o alto custo das tarifas.

Fizeram parte da campanha o Boletim Transporte Bom e Barato é Possível, duas ações de rua, um encontro de monitoramento sobre mobilidade urbana e uma campanha online de pressão Transporte Sem Desvio. Foi um longo caminho no esforço de defender que transporte bom e barato é possível, estimulando a participação social e acompanhando a articulação no legislativo nos momentos de decisão.

Veja o vídeo da ação realizadas na Central do Brasil de forma bastante lúdica e interativa, conscientizando várias pessoas:

Vìdeo da ação realizada pela campanha Transporte bom e barato é possível

A pressão da campanha resultou na aprovação do PL 349/2019 pela ALERJ, buscando contribuir para a construção de um sistema de transporte mais justo transparente e sem desvios. 

Infográficos da Desigualdade

A campanha Infográficos da Desigualdade, desenvolvida pela Casa no contexto da pandemia revelou a sobrecarga dos CRAS em alguns municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com dados do Ministério da Cidadania de fevereiro de 2020, nas cidades de Nova Iguaçu e Rio de Janeiro há menos da metade dos CRAS necessários para atender as famílias residentes.

Infográfico da série Covid-19.

A sobrecarga na rede de CRAS precariza e muito a estruturação e a prestação do atendimento ofertado, tanto para população que mais precisa como para os profissionais do SUAS. Os números divulgados pela Casa viraram notícia em meios de comunicação de grande circulação e alcance e ganharam destaque, inclusive, no Jornal Nacional, criando uma demanda por respostas e ações dos municípios.

PROCESSO

DE

CONSTRUÇÃO

DE

CAMPANHAS

Larissa explica o processo de construção de narrativas para as campanhas de comunicação:

SUPORTE

VS

PROTAGONISMO

Para finalizar, Larissa traz uma importante reflexão: “precisamos tomar cuidado para que a defesa de causas não reproduza desigualdades”, uma vez que vemos um cenário bastante desigual, em termos de oportunidades e acesso a recursos, no Terceiro Setor. Coletivos não formalizados e pequenas OSCs têm muito mais dificuldades do que fundações empresariais e organizações de porte internacional. 

SOBRE A

CASA

FLUMINENSE

A Casa Fluminense é uma organização da sociedade civil que atua para a construção políticas públicas na metrópole do Rio de Janeiro, com foco na redução das desigualdades e no desenvolvimento sustentável. Criada em 2013 por ativistas, pesquisadores e representantes de outras organizações sociais, se articula em rede para potencializar lideranças sociais, difundir informações e incidir no debate e no poder público.

CONTATO

Para conversar diretamente com a Larissa, envie um email para larissaamorim@casafluminense.org.br 

Para falar com a gente, escreva para causalidades@because.ag